BlackBerry vai parar de produzir seus smartphones

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BlackBerry Torch 9800, lançado em 2010

Blackberry anuncia que vai parar de produzir seus smartphones

O CEO da Blackberry, John Chen, disse em um novo relatório sobre o desempenho da empresa no segundo trimestre que ela não vai mais fabricar os smartphones pelos quais ficou conhecida.

“A nossa nova estratégia de Soluções de Mobilidade está mostrando sinais de impulso (…) No âmbito desta estratégia, estamos nos concentrando no desenvolvimento de software, incluindo a segurança e aplicações. A companhia planeja encerrar todos desenvolvimento de hardware interno e vai terceirizar essa função para os parceiros”, disse Chen.

Anteriormente chamada de RIM (sigla de Research In Motion, “pesquisa em movimento”) e renomeada Balckberry em 2013, a empresa canadense na década passada foi pioneira no segmento de smartphones –principalmente no mercado corporativo– poucos anos antes do iPhone ditar novas regras para o mercado de telefonia.

Com um sistema operacional próprio, o Blackberry OS, ele tinha bastante foco em utilização de e-mails. Com os aparelhos da empresa era possível sincronizar a caixa postal com as contas de e-mail mais conhecidas, como Hotmail, Gmail, Yahoo! e outros, antes dos apps concorrentes obterem esse recurso.

Também trazia o Blackberry Messenger, um dos melhores do ramo na era pré-WhatsApp. Ele era mais confiável que outras alternativas, com direito a aviso de recebimento e lida de mensagens, outro recurso que WhatsApp e afins passaram a adotar depois.

Lançado em 2007, o iPhone da Apple trazia telas touchscreen, o que a longo prazo significaria uma lenta derrocada nos modelos com teclado físico da Blackberry.

Em 2009 o modelo 8900 da BlackBerry ainda era o smartphone mais vendido nos Estados Unidos. A empresa ocupava quatro posições dentro dos dez primeiros colocados nas vendas.

Até 2013 –ano em que a empresa mudou de nome e lançou seus primeiros celulares com tela touch o Z10 e o Q10– a concorrência ainda era acirrada: a empresa dizia ter uma base de 80 milhões de usuários.

Também em 2013, a empresa de investimentos canadense Fairfax Financial Holdings comprou a BlackBerry por US$ 4,7 bilhões. Em meados de 2015 a empresa já mostrava sinais de enfraquecimento, com um prejuízo de US$ 304 milhões

Pelo que vemos, a Blackberry seguirá o mesmo caminho que muitas empresas estão trilhando atualmente. Focar no desenvolvimento do software e terceirizar a fabricação e montagem dos aparelhos.

Fontes:
Redação EXP Digital
Economia UOL, Olhar Digital, Gizmodo

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